Há uma velha história de um homem andando muito rápido a cavalo. Ao passar pelo amigo parado na beira da estrada, o amigo grita: “Aonde você está indo?” O cavaleiro se vira para o amigo e grita: “Não sei, pergunte ao cavalo!”
O ritmo e a intensidade de nossas vidas, agora exacerbados pelos níveis atuais de mudanças externas e incógnitas, fazem com que muitos de nós se sintam como aquela pessoa montando um cavalo freneticamente galopante. Isso pode ser resultado da ansiedade sobre o desconhecido, muito a fazer e pouco tempo; a pressão para produzir e marcar itens de nossa lista de tarefas a cada dia – parece decidir a direção e a qualidade de nossa existência para nós. Mas se encararmos nossos dias de uma maneira diferente, podemos mudar conscientemente esse padrão fora de controle. Requer apenas coragem para fazer menos. Isso pode parecer fácil, mas fazer menos pode realmente ser muito difícil. Muitas vezes, acreditamos erroneamente que fazer menos nos torna preguiçosos e resulta em falta de produtividade. Em vez disso, fazer menos nos ajuda a saborear o que fazemos. Aprendemos a fazer menos do que é estranho e nos envolvemos em menos comportamentos autodestrutivos, para criar uma vida produtiva com a qual realmente nos sentimos bem.
Apenas fazer menos por si só pode ser simples, surpreendente e transformador. Imagine ter uma conversa real e sem pressa no meio de um dia de trabalho incansável com alguém de quem gosta. Imagine concluir uma tarefa discreta de cada vez e se sentir calmo e feliz com isso. Imagine que, ao acordar de manhã, sua primeira atividade é sentir e expressar apreço e amor por estar vivo, por seus relacionamentos, pelo ar e pelo sol.
Toda vida tem um grande significado, mas o significado próprio pode ser obscurecido pela névoa de maus hábitos. Reconheça e mude isso, assim podemos novamente saborear profundamente as maneiras pelas quais desfrutamos da doçura de nossas vidas e compartilhar aberta e generosamente com aqueles que amamos. Menos ocupação leva a apreciar a sacralidade da vida. Fazer menos leva a mais amor, mais eficácia e tranquilidade interna, e uma maior capacidade de realizar mais daquilo que mais importa – para nós e, por extensão, para os outros e para o mundo.
Aprenda a fazer menos
Qual é a primeira coisa que você faz quando acorda de manhã? Se você geralmente verificar as mensagens, experimente uma atividade diferente. Talvez, escrevendo em um diário o que você mais gosta ou o que você acha mais desafiador. Ou tente sentar-se em silêncio, curioso sobre a respiração, o corpo, os sentimentos e os pensamentos.
Práticas simples para saborear o momento
Explore fazer algumas mini pausas para “saborear o momento” ao longo do dia.
- Faça uma caminhada de 10 minutos
- Leia alguma poesia
- Tenha uma conversa real
Observe o que está por trás da compulsão de fazer mais, sempre estar conectado eletronicamente. Quanto dessa atividade é baseada em alguma versão do medo – medo de fracassar, de perder, ou apenas medo de uma sensação de solidão ou vazio. Explore ser curioso, não julgar e aprender, familiarizando-se com intenções e motivações.
Autor: Marc Lesser
Fonte: https://www.mindful.org/